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5 curiosidades sobre carros de competição que você precisa conhecer

Carros de corrida são a paixão e o hobby de muitos brasileiros por conta das lembranças que ótimos pilotos como Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, entre tantos outros deixaram em nossas vidas. Porém, será que a grande maioria sabe o que está por trás das máquinas dirigidas por esses esportistas?

Neste artigo vamos apresentar 5 curiosidades observadas principalmente em veículos da categoria Stock Car que vão esclarecer para você por que os carros de competição são tão fantásticos e chamam tanto a atenção das pessoas ao redor do mundo.

Abordaremos temas como o desgaste das peças nesses veículos, bem como o custo médio de um carro de qualidade. Além desses pontos, explicaremos como o peso de um carro de competição impacta no desempenho e, por fim, mostraremos os diferenciais de segurança e a frequência ideal de manutenção para esses veículos.

Curioso para desbravar o mundo desses carros supervelozes? Então acelere conosco!

1. Principais diferenças entre carros de competição e de rua

Que o carro de competição é feito para andar em alta velocidade todo mundo já sabe. Mas quais são as principais diferenças quando o comparamos a um veículo normal?

As principais diferenças se encontram em 4 componentes:

  • estrutura;
  • suspensão;
  • freio;
  • pneu.

A estrutura dos carros de competição é como uma gaiola de tubos ultraresistentes, diferentemente dos monoblocos dos carros tradicionais. A suspensão aqui não tem o objetivo de conforto, mas sim de gerar o melhor desempenho para o carro.

Os freios são muito maiores, por conta disso têm uma capacidade de frenagem fora do comum. É importante que eles estejam sempre bem regulados e balanceados. Por fim, temos os pneus, que são totalmente lisos para prover uma aderência maior ao carro.

2. Desgaste das peças e frequência de manutenção

Podemos dizer que praticamente todas as peças se desgastam mais facilmente nos carros de competição. Os esforços sobre os componentes desse tipo de veículo são muito maiores, e isso faz com que a exigência de qualidade das peças também seja maior.

A alta velocidade, curvas fechadas e momentos de frenagens bruscas resultam em aumento significativo do esforço sobre as peças. Isso ocorre devido à combinação da força G e da massa do carro.

Por conta disso é feito um rigoroso controle do desgaste das peças, em que se observa o tempo de uso de cada uma e se realiza a troca após um determinado número de horas de utilização. Peças como as pastilhas de freio são substituídas em todas as corridas, já o disco de freio tem um tempo de vida útil de apenas duas corridas.

Essa troca ocorre tanto pelo desgaste excessivo quanto por motivos de segurança. Perder uma corrida porque uma peça quebrou é muito frustrante. Por isso, além das substituições frequentes são realizados testes com as peças utilizadas para identificar se o tempo de uso está adequado. Um exemplo são análises de raio X para verificar o nível de fadiga do componente.

Uma curiosidade desse tema é que algumas fabricantes de autopeças costumam realizar parcerias com equipes de corrida para testar e desenvolver seus produtos nessas categorias, como a Stock Car.

Os setores funcionam como grandes laboratórios de testes. Dessa forma, produtos são desenvolvidos para que a durabilidade e credibilidade nos automóveis normais sejam maiores, trazendo mais segurança e confiabilidade para o motorista.

3. Custo médio dos carros de competição

O custo médio de um veículo utilizado para participar de corridas varia muito. Na categoria principal da Stock Car o valor de um carro chega aos R$ 400 mil, quase o dobro dos R$ 280 mil da categoria de acesso, a Stock Light.

Quando falamos de corridas que apresentam várias etapas, esse custo costuma ser analisado para a temporada inteira. O orçamento da Stock Light gira em torno de R$ 700 mil a R$ 750 mil por temporada, nas quais são realizadas 8 etapas. Na Stock Car esse valor varia de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões.

Todo esse custo é arcado em sua grande maioria por patrocinadores. O patrocínio pode ocorrer de duas formas: ou o piloto tem o seu próprio patrocínio e escolhe as equipes que estão disponíveis e dentro do seu orçamento, ou a equipe já detém um patrocinador forte e escolhe o piloto que correrá durante a temporada — o que é mais comum.

4. Peso do carro e impacto em seu desempenho

O peso é um fator importantíssimo no automobilismo, pois está diretamente relacionado ao tempo necessário para completar uma volta. Quanto menor for o peso do veículo, mais rápido ele será. É por isso que quando os carros saem dos boxes eles parecem lentos, pois estão com mais combustível e, consequentemente, mais pesados.

Na Stock Car, 20 kg a mais em um carro chegam a representar 2 décimos de segundo a mais por volta, ou seja, 8 colocações ao final de uma corrida. Isso para um veículo que deve pesar, no mínimo, 1.320 kg no final da corrida.

Outra curiosidade é observada nos carros de Fórmula 1. O desgaste sofrido pelos pneus é tão grande que eles chegam a perder cerca de 0,5 kg antes da troca. O peso total desses carros com o piloto e sem combustível é de 702 kg.

5. Diferenciais de segurança para o motorista

Carros de corrida são muito seguros e resistentes. A estrutura chamada de chassi ou gaiola é feita de materiais muito resistentes e com construções diferentes das vistas em veículos tradicionais. São tubos que proporcionam, ao mesmo tempo, leveza e segurança.

Dentro da gaiola o banco é a célula de sobrevivência do piloto. Além de ter a função de acomodá-lo, a rigidez do material — feito de fibra de carbono — faz com que o piloto fique bem encaixado, sem realizar movimentos com grandes deslocamentos. As pernas, cintura e tronco também ficam protegidos dentro dessa célula.

A terceira grande diferença é vista no cinto de segurança. Diferentemente dos carros de rua, nos quais esse componente apresenta apenas três pontos, os carros de competição contam com cintos de seis pontos, que deixam o piloto colado ao banco.

Por fim, o sistema de segurança contra incêndios também é diferenciado. Nos carros da Stock Car existe um sistema de extintor de incêndio que é direcionado para os dois principais pontos de risco:

  • motor;
  • tanque de combustível.

Esse sistema permite que o foco de incêndio seja combatido rapidamente, podendo ser acionado pelo piloto ou por um comissário de pista.

Essas foram as curiosidades que preparamos para você entender mais do mundo dos carros de competição. Já era de se imaginar que encontraríamos algumas diferenças entre os carros de corrida e os de passeio. No entanto, vimos aqui que há muita preparação por trás desses automóveis e que todos os fatores são muito bem pensados para que a equipe saia vencedora ao final de uma corrida.

Fonte: blog.fras-le.com

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