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O que acontece (e o que fazer) quando a correia dentada arrebenta

A peça, geralmente feita de nylon e borracha, sincroniza componentes vitais do motor. Veja o que acontece se ela se romper

Para começar, vale saber para que serve a correia dentada em um motor. Ela movimenta-se entre as polias do virabrequim e do comando de válvulas, e sincroniza as válvulas em relação aos pistões. Sua função é sincronizar a abertura e o fechamento das válvulas com o sobe e desce dos pistões.

Se a correia quebrar com o motor em funcionamento, as válvulas param, deixando de admitir o ar e o combustível e de eliminar os gases da combustão. Como elas param, os pistões se chocam com algumas delas, gerando o ruído intenso e típico do impacto entre metais. Logo o motor vai parar – no jargão dos mecânicos, ocorre o “óbito instantâneo”.

Esse nome mórbido, infelizmente, não é só drama. Realmente a extensão dos danos no caso de a peça se partir pode causar a “morte” de diversas peças – é daí que vem o alto custo do conserto de que todo mundo fala (e teme).

Dependendo da velocidade em que a quebra ocorrer, na melhor das hipóteses, o motor deverá ser aberto para troca das válvulas e retífica do cabeçote. Mas não é incomum a troca de pistões e bielas, que podem ser destruídos pelo choque com as válvulas (veja no vídeo abaixo a partir do 1min03s) .

Para reduzir os danos, pise imediatamente na embreagem (câmbio manual) ou ponha a alavanca em N (automático) e desligue a ignição. Com isso evita-se que as rodas façam o motor girar ou que ele continue funcionando por conta própria.

Não tente dar a partida no motor após o problema. Será necessário rebocar o veículo.

Para o motorista, não há sinal que antecipe o rompimento além das marcas de desgaste características – que muitas vezes não podem ser vistas quando a correia fica protegida por uma capa. Porém, ressecamento ou montagem errada podem ser fatais ao componente.

A troca preventiva é a melhor providência para evitar essa dor de cabeça. Siga o plano de revisões estabelecido pelo fabricante do veículo. Em geral, a troca é feita entre 40.000 km (no caso de uso severo predominante) e 100.000 km, dependendo do modelo.

Para evitar essa fragilidade, alguns fabricantes optam pela corrente de aço, que faz o mesmo serviço que a correia, porém, dura mais (a partir de 100.00 km) e raramente apresenta defeitos – em geral, só quando há falhas na manutenção de óleo e filtros.

A corrente também precisa ser substituída um dia, mas traz a vantagem de dar o aviso: antes de quebrar, os elos de uma corrente fazem barulho durante um bom tempo.

Sua durabilidade é maior porque, além de ser feita de aço, ela recebe a lubrificação do óleo do motor. Mas como a complexidade de sua troca é mais alta, o valor da substituição da corrente também é significamente maior – o dobro ou até o triplo da correia.

Fonte: Quatro Rodas

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