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Toyota Corolla reina pela confiabilidade

Por Marcelo Iglesias

Vendido no Brasil desde a abertura das importações no início dos anos 1990, o Toyota Corolla se tornou o sedã do país por agregar o bom nome da marca japonesa e a confiabilidade de sua mecânica. Com mais de cinco mil unidades vendidas mensalmente, o japonês domina o segmento de médios há mais de 10 anos, sem dar chances para rivais com Honda Civic, Ford Focus, Nissan Sentra ou Chevrolet Cruze. Mas e no mercado de usados? O Corolla goza da mesma aceitação?

Grande procura

A resposta é sim. O Corolla é um carro que tem grande procura no mercado de usados. O sedã prima pela excelente montagem e boa qualidade de acabamento que garantem conforto e baixo nível de ruído mesmo com bons anos de estrada. Além disso, o japonês oferece bom acerto de suspensão e conjunto mecânico robusto, seja com motor 1.8 ou 2.0, assim como com caixa manual, automática de quatro marchas ou CVT.

Mas a boa fama cobra seu preço. O Corolla é um automóvel caro. Novo ele parte de R$ 91 mil, na versão de entrada com motor 1.8 e CVT, e pode chegar a vultosos R$ 119 mil, na versão topo de linha Altis, com motor 2.0, também com transmissão CVT.

Corolla usado

No mercado de usados o sedã também é bem avaliado. No entanto, é possível encontrar um Corolla pelo preço de um sedã compacto novo, na casa dos R$ 60 mil. De acordo com a Fundação Institutos de Pesquisas Econômicas (Fipe), a versão GLi 1.8 (2015), com caixa CVT, é avaliada em 63,2 mil.

Mais acessível

A versão é uma das opções mais acessíveis dentro da atual geração, que estreou em 2015, e tem preços que se compararam a compactos novos como Fiat Cronos Precision 1.8, manual (R$ 63 mil), Volkswagen Virtus MSI 1.6, manual (R$ 60 mil), e até mesmo o irmão Yaris Sedan, que parte de R$ 64 mil, com motor 1.5 de 110 cv e caixa manual de cinco marchas.

Motor e câmbio

O seu motor 1.8 de 144 cv e 18,4 mkgf de torque é velho conhecido do consumidor, mas o grande destaque da versão é a caixa do tipo CVT Multi-Drive, que aposentou a antiga caixa automática de quatro marchas. A caixa, que tem variação contínua e emula sete velocidades, contribuiu para melhorar os índices de consumo do sedã.

Conteúdos

A versão GLi, mesmo sendo a versão mais simples do sedá, conta com um pacto de conteúdos que faz frente a modelos modernos de categorias inferiores. Entre os equipamentos estão:

  • Direção elétrica,
  • Ar-condicionado,
  • Computador de bordo,
  • Coluna da direção com regulagem de altura e profundidade,
  • Rádio com entrada USB e conexão Bluetooth,
  • Faróis de neblina,
  • Retrovisores elétricos,
  • Volante multifuncional,
  • Isofix para fixação de cadeiras infantis,
  • Cinco airbags (frontais, laterais e uma para o joelho do motorista).

Precauções

Especialistas em automóveis usados são categóricos na recomendação de que comprar um Corolla usado exige paciência e atenção. Isso porque o modelo é muito requisitado para transportes executivos e num curto período podem rodar quilometragens muito mais elevadas que um automóvel para uso familiar.

Rebobinado

Segundo os especialistas em usados, muitos desses carros têm a quilometragem adulterada. Além disso por ser estruturalmente robusto e ter boa montagem, sinais como excesso de rangidos e peças com encaixes frouxos demoram a aparecer.

Mesmo assim desgastes da tapeçaria, pedais, volante e forro dos bancos podem induzir que o carro rodou além da quilometragem. Verifique também as soleiras e o revestimento dos assentos traseiros, uma vez que automóveis de transporte executivo têm um grande fluxo de passageiros que se acomodam nos bancos de trás e podem acentuar o desgaste.

Casca grossa

Quem atesta a longevidade do Corolla e ausências de sinais da idade é a motorista do Uber, que pediu para ser identificada como Vera. Ela trabalha tanto no Táxi, como o aplicativo de viagens, e roda com um Corolla ano 2012 para fazer as corridas pelo Uber, em Belo Horizonte.

“Eu rodei muito tempo com esse Corolla como táxi especial. Mas quando precisei trocar por um novo, resolvi rodar com ele no Uber. Tive que abrir o motor recentemente, já perto dos 600 mil quilômetros rodados. Apesar de o acabamento estar desgastado, ele não dá sinais de que já rodou tanto e não pretendo parar de rodar com ele tão cedo”, garante.

De olho no manual

O Corolla é um automóvel exemplar, mas como qualquer outro, é preciso ficar atento à procedência e ao histórico da unidade pretendida. Manual do proprietário é um bom indicativo para saber se o modelo passou pelas manutenções programadas ou não. E não deixe pedir para seu corretor de seguros verificar se o carro se envolveu acidentes.

Fonte: Auto Segredos

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