Mito ou verdade?
Carro Flex vicia no combustível mais usado?
Vamos entender como o motor flex administra essa história de uma hora usar gasolina e outra hora, álcool. Ele possui um sensor chamado “sensor lambda”, também conhecido como sensor de oxigênio. É o “cara” responsável por informar ao módulo de injeção de combustível se a mistura está rica ou pobre.
Quando o tanque está apenas com gasolina, a relação ideal é de 13,1 partes de ar para uma parte de gasolina. No etanol, são 9 partes de ar para uma parte de álcool. Então, não precisa se preocupar: pode utilizar por um longo tempo qualquer um dos combustíveis que o módulo da injeção eletrônica estará sempre pronto para corrigir a mistura e o ponto de ignição, caso você mude de combustível.
Na prática, é diferente
Teoricamente funciona assim, mas, na prática, todo mundo sabe que temos alguns problemas relacionados com a qualidade dos nossos combustíveis.
Por exemplo, o etanol adulterado produz uma goma. Quando endurece, faz um estrago nos bicos injetores, nas roscas das velas, na boia de combustível, na bomba de combustível e no filtro de combustível.
A gasolina adulterada é pior, a adulteração é feita com produtos químicos agressivos, causam danos em retentores, entre outros.
Então, é VERDADE: manter sempre um mesmo combustível pode gerar problemas a longo prazo, não por causa do carro, mas sim pelas adulterações nos combustíveis.
Como ‘driblar’
Mude o combustível a cada 4 ou 5 tanques. Utilize frequentemente aquele que mais lhe agradar em custo ou desempenho, e depois ponha um tanque cheio do outro combustível. Isso porque a gasolina costuma limpar as impurezas do etanol e o etanol, que também age de forma adstringente na maioria das impurezas na gasolina.
Você deve estar me perguntando: posso colocar meio tanque de álcool e meio de gasolina? Você pode, mas, na maioria dos motores, o desempenho e o consumo ficam piores. Só que este é um assunto para outra coluna. Abraço!
Fonte: G1