Exposição excessiva ao calor do sol prejudica veículo
A sensação de entrar em um carro que ficou estacionado sob o sol no verão não é das melhores. A temperatura interna chega a dobrar em relação à externa dependendo do tempo em que o veículo ficou exposto ao sol. Essa exposição excessiva ao tempo em dias quentes pode causar danos à estética do veículo, em componentes da cabine e até mesmo afetar a parte mecânica.
Vidros verdes ou com aplicação de película protetora diminuem o efeito do sol. Mas, para segurança do condutor e passageiros, a instalação de películas protetoras deve estar de acordo com a legislação. A Resolução nº 254/2007 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelece limites de transmissão luminosa que não podem ser inferiores a 75% para o para-brisas e de 70% para os demais vidros. A infração, prevista no artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB – Lei nº 9.503/97), é de natureza grave, com multa de R$ 195,23, retenção do veículo como medida administrativa para regularização e inclusão de cinco pontos na carteira de condutor. Ainda que a película ajude a conservar bancos, painel e borrachas, a hidratação destes componentes com produtos disponíveis no mercado para esta finalidade contribui para sua durabilidade.
Atenção também ao motor do veículo. Se o medidor de temperatura no painel de instrumentos indica aquecimento elevado, o melhor a fazer é parar o veículo e esperar o propulsor esfriar. Se o condutor estiver longe de seu destino, o ideal é acionar um mecânico. Usar fluidos próprios ao invés de água é uma medida preventiva, já que a ação do cloro e de outros minerais são prejudiciais ao sistema de arrefecimento do motor.
Manter os pneus calibrados no período de calor também ajuda a minimizar os prejuízos provocados pelas altas temperaturas e influencia na economia de combustível também. O melhor é calibrá-lo antes da viagem. Outra dica é respeitar o prazo do fabricante para fazer o alinhamento e o balanceamento.
Pintura
Deixar o carro muito exposto ao tempo compromete peças de plástico, carpete, puxadores e o painel. A temperatura de dentro do veículo, que pode chegar a 70 graus, pode causar ressecamento dos componentes.
Minimizar os efeitos negativos do calor excessivo ao veículo é possível com simples medidas. O ONSV – Observatório Nacional de Segurança Viária recomenda, por exemplo, o uso de tapa sol sempre que o veículo não estiver estacionado em local coberto, pois são eficientes na absorção do calor e auxiliam no controle da temperatura interna do veículo.
Cuidar da pintura do carro é outra regra indispensável ao motorista preocupado com a aparência de seu automóvel, principalmente se o veículo passa a maior parte do tempo descoberto. O recomendável é proteger a pintura com ceras automotivas.
Motorista também deve se proteger do calor
Mais importante que cuidar do veículo exposto ao calor, o próprio motorista deve estar atento à saúde ao dirigir em dias quentes. O cuidado principal é ao entrar no carro. Para diminuir o impacto de temperaturas elevadas, o recomendável é abrir as portas e deixar o ar externo circular por cinco minutos pelo menos antes de dirigir, como orienta a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
Um erro comum é ligar o ar condicionado logo ao entrar no veículo quente. O ideal é conduzir o automóvel com os vidros abertos para a troca de ar e, em trajetos curtos, desligar o ar pouco antes de sair do veículo e andar com os vidros abertos, para evitar choque térmico.
Ainda segundo a Abramet, os profissionais do transporte, seja de veículos leves ou pesados, estão ainda mais expostos aos efeitos nocivos da radiação solar e do calor produzido nas cabines pelos motores. Sem os cuidados devidos, existem riscos de lesões imediatas e de problemas de saúde tardios, no entanto, irreversíveis.
Apesar de não haver um estudo específico sobre a falta de cuidados de motoristas que têm ampla exposição ao sol, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) estima que 69% das pessoas não cuidam da pele nestas condições. A radiação ultravioleta (UV) e infravermelha (IV) oferecem danos à pele e aos olhos. O calor produzido pela radiação solar, e mesmo pelo aquecimento ambiental produzido por motores, está associado a duas outras doenças que são a insolação e a internação.
Dirigir entre as 10h e 16h, atividade inevitável para motoristas profissionais, produz efeitos pelo pico de radiação solar como queimaduras e alergias na pele. Ao longo dos anos, esta rotina pode provocar o envelhecimento precoce, causado pela lesão das fibras elásticas da pele, e até câncer. Os primeiros sinais de danos à pele são ardência, vermelhidão e descamação. “Simples medidas como o uso de filtro solar e de roupas protetoras podem prevenir estes problemas”, orienta o coordenador de Saúde e Segurança no Trabalho da CART, Nivaldo Bautz.
Nos olhos, existe o risco de problemas na retina e até a catarata. Em casos mais graves, o comprometimento ocular causa danos na retina, cristalino e córnea, que podem levar à perda da visão. O uso de óculos com proteção UV é o mais indicado para motoristas cuidarem da saúde da visão.
Cheiro de carro novo nas regiões onde o clima é mais quente
O cheiro característico de um veículo zero quilômetro agrada muita gente. Mas nem todos sabem que por traz deste mix de aromas estão substâncias que podem ser altamente tóxicas à saúde. De acordo com a ABRAMET essa mistura de produtos age conforme variações climáticas, principalmente o calor.
A fórmula do “cheiro de carro novo” contém tolueno, acetona, estireno, xileno e benzeno substâncias irritantes da via respiratória, pele, mucosa e olhos. Especialmente nas regiões onde o clima é mais quente, a exposição aos raios solares libera ainda de dentro da cabine vapores de substâncias como plástico, cola, tintas, tecido, vinil, lubrificantes, vernizes e impermeabilizantes. São substâncias que podem causar náuseas, tontura, mal-estar e alergias.
A Associação reforça, no entanto, que não há motivo para pânico. Após seis meses de uso, a concentração desses vapores é reduzida expressivamente. Antes desse período, algumas recomendações do órgão são evitar estacionar o veículo ao sol; usar proteção no para-brisa evitando sol no painel; manter o veículo sempre ventilado e atenção no transporte de crianças, idosos e gestantes.
Paradas para descanso
O asfalto retém calor e isso, somado à incidência do sol no teto do, veículo faz com que a temperatura interna da cabine aumente significantemente. “Além dos cuidados para conservação do automóvel, diante das altas temperaturas, é necessário que o motorista se preocupe com a hidratação e faça paradas para descanso ao longo do trajeto para evitar a fadiga”, salienta Bautz.
Os motoristas contam com 12 bases de apoio ao longo do Corredor CART para que possam se hidratar, descansar e seguir viagem em segurança. As bases dispõem de água fresca, banheiros, fraldário e sistema de informações que funciona 24 horas. Agora as bases do SAU têm outra novidade. Os usuários que transitam nas rodovias administradas pela concessionária podem acessar a internet gratuitamente por meio de rede Wireless (Wi-Fi).
A CART, uma empresa Invepar Rodovias, administra o Corredor CART, que é formado pelas rodovias SP-225 João Baptista Cabral Rennó, SP-327 Orlando Quagliato e SP-270 Raposo Tavares, no total de 834 quilômetros entre Presidente Epitácio e Bauru, sendo 444 no eixo principal e 390 de vicinais. A segurança dos usuários é um compromisso da Concessionária. Em 2016, a CART registrou 16,23% menos acidentes nas rodovias sob sua concessão em relação ao ano anterior e, no mesmo período, queda de 33,3% em vítimas fatais, antecipando os objetivos determinados como meta pela Década Mundial de Redução de Acidentes. A CART está entre as 10 melhores Concessionárias de Rodovias do Estado de SP, ocupando a sexta posição no ranking divulgado pela ARTESP – Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo que regulamenta e fiscaliza o Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo.
Fonte: Segs