O ar-condicionado automotivo é uma das melhores comodidades de um veículo. Afinal, ninguém gosta de dirigir passando calor ou com as janelas embaçadas durante uma chuva, por exemplo. No entanto, para manter o equipamento sempre seguro para sua saúde e funcionando de forma adequada, sem gastar combustível em excesso, é preciso tomar alguns cuidados.
Entre os principais pontos estão aprender a identificar os sinais que indicam que o sistema está com problema e algumas dicas para você garantir que a higienização não fique comprometida.
Para ajudar você nessa tarefa, preparamos este guia sobre a manutenção do ar-condicionado automotivo. Siga a leitura e tire suas dúvidas sobre o assunto!
Aprenda a cuidar bem do ar-condicionado do carro
O ar-condicionado automotivo é uma funcionalidade praticamente indispensável para muitos motoristas e passageiros no Brasil. E isso não é à toa. Por ser um país tropical, com altas temperaturas não somente no verão, muitas vezes a janela aberta não basta para circular com conforto.
Para não ter que passar pela situação desagradável de não contar com o ar-condicionado no carro, o ideal é, antes de tudo, buscar prevenir possíveis problemas no equipamento automotivo. Entre os passos necessários para essa manutenção preventiva estão conhecer bem o manual do carro, manter os componentes lubrificados e fazer anualmente a limpeza do ar-condicionado automotivo. Acompanhe!
Consulte o manual
Além das dicas gerais, é muito importante que você leia o manual do seu carro. É nele que você aprenderá sobre as necessidades específicas de cada componente do veículo, inclusive em relação ao ar-condicionado e sua manutenção.
O manual do proprietário ensinará sobre o uso correto de cada funcionalidade desse aparelho, como a melhor forma de preservá-lo e o momento certo de fazer uma limpeza ou troca.
Mantenha os componentes lubrificados
O ideal é que, pelo menos uma vez por semana, você ligue o ar-condicionado do carro durante 10 minutos. Isso fará com que o ar circule pelo mecanismo interno do aparelho, mantendo seus componentes lubrificados e funcionando corretamente.
Mesmo que em uma determinada semana não seja necessário utilizar o ar-condicionado para deixar a temperatura mais agradável, você deve ligá-lo para que ele não passe muito tempo sem trabalhar.
Essa é uma forma simples e eficaz de fazer a manutenção do ar-condicionado automotivo e prolongar a vida útil dos seus componentes.
Faça uma limpeza anual
A limpeza de todos os componentes do ar-condicionado do carro é uma das manutenções mais simples e baratas do veículo. Por isso, não tem desculpa para ser adiada!
Ela é muito importante para a sua saúde e a da sua família, bem como para evitar uma queima maior de combustível, pois o carro precisa se esforçar mais para refrigerar o ar quando há muita sujeira no sistema.
Em geral, é recomendado fazer uma limpeza todo ano. Mas, se você começar a verificar falhas no funcionamento do ar-condicionado ou odores diferentes, é melhor antecipar essa manutenção.
Troque o filtro quando necessário
O chamado filtro de pólen é uma das peças mais importantes do ar-condicionado. Ele reduz os odores e evita que partículas do ar externo entrem no veículo, como fumaça e poeira.
Ele pode ser limpo na hora de fazer a higienização anual do ar-condicionado. Porém, às vezes, o acúmulo de sujeira faz com que ele fique inutilizável. Nesse caso, é preciso trocar o componente.
Em geral, o filtro de pólen deve ser substituído a cada 20 mil quilômetros rodados. No entanto, esse valor pode variar de acordo com a utilização do ar-condicionado.
Quem pega estrada com frequência, por exemplo, pode precisar trocar o filtro antes, devido à quantidade de poeira. Nas grandes cidades, que são mais poluídas, a necessidade de troca também é maior que em locais com ar mais limpo.
Dependendo do padrão de uso, pode ser necessário trocar esse filtro a cada seis meses. O preço dessa manutenção pode variar. Em carros importados e em modelos em que esse componente fica em um lugar de difícil acesso, o serviço é um pouco mais caro.
Use a recirculação de ar
A função de recirculação de ar ajuda muito a economizar, pois poupa o filtro de pólen, aumentando a sua vida útil. Além disso, ajuda a reduzir o consumo de gasolina, pois mantém o carro refrigerado com maior facilidade.
Apesar de ser boa para o carro, essa prática não é orientada se você for passar muito tempo no interior do veículo. Isso porque o ar não é renovado, ou seja, os ocupantes do veículo continuam respirando sempre o mesmo ar.
Após algum tempo, a qualidade desse ar já não estará tão boa, o que pode impactar na sua saúde. Nesse caso, o ideal é alternar para a entrada do ar de fora.
Conheça os componentes
É importante ter um pouco de conhecimento sobre os componentes do ar-condicionado para evitar pagar por serviços desnecessários. O compressor é um componente essencial quando o assunto é ar-condicionado automotivo. Seu principal papel é comprimir o gás, fazendo com que a substância circule pelo sistema do carro.
O processo ocorre centenas de vezes em um mesmo minuto. Dessa forma, ao acumular resíduos no compressor, o funcionamento do ar do veículo será comprometido. O compressor é o único componente que conta com peças móveis no sistema de ar.
Por isso, trocar o óleo lubrificante é parte indispensável para manter seu funcionamento em dia. Além de investir na revisão periódica do seu compressor, não deixe de fazer a manutenção preventiva de outros componentes, como válvulas de enchimento, filtro secador e mangueiras.
Ao manter os itens que compõem seu ar-condicionado sempre bem cuidados e higienizados, você evita problemas mecânicos futuros e cuida da saúde respiratória dos usuários do veículo. A melhor forma de aprender sobre os componentes de cada um dos sistemas do seu carro é lendo o manual do proprietário, que também ensina como usar e preservar esses itens.
Reponha periodicamente o gás do ar-condicionado
Todo equipamento de ar-condicionado automotivo conta com um gás refrigerante. É essa substância que é comprimida pelo compressor e circula pelo sistema, gelando o espaço.
Por isso, outro ponto para manter seu ar-condicionado funcionando como deveria é repor esse gás a cada três anos, já que ele escapa ao longo da sua utilização. Com isso, o equipamento continua ventilando, mas sem esfriar.
Evite as manutenções corretivas
Manutenções corretivas, ou seja, aquelas que são feitas quando surge algum problema, sempre são mais caras e complexas que as preventivas. Por isso, as manutenções preventivas são muito importantes.
Fazer esse tipo de manutenção significa conhecer o funcionamento do seu carro, ficar atento a alterações e fazer trocas e limpezas no momento certo. No caso do ar-condicionado, isso é ainda mais importante, pois envolve a sua saúde e a de todos que circulam no carro com você.
O ar-condicionado sujo, além de ser ruim para o veículo, também agrava problemas respiratórios, como bronquite, sinusite, rinite, entre outros.
Calcule quando fazer manutenção ou conserto do ar-condicionado automotivo
De forma geral, recomenda-se fazer a limpeza do ar-condicionado automotivo, pelo menos, uma vez por ano ou a cada 20 mil quilômetros rodados, como dito anteriormente. No entanto, é importante ficar atento a alguns sinais que podem indicar a necessidade de antecipar essa manutenção para corrigir possíveis problemas.
Entre eles, podemos citar odores estranhos, problemas respiratórios, barulhos e mau funcionamento do equipamento. Conheça, abaixo, os principais indicativos de que você não pode mais adiar a manutenção do ar-condicionado automotivo!
Preste atenção aos odores
Algumas vezes, o interior do veículo pode apresentar um cheiro estranho, mas pensamos que é o carpete, algum alimento que foi consumido em seu interior, entre outros motivos.
No entanto, o cheiro pode estar vindo do próprio ar-condicionado, que pode estar repleto de micro-organismos que agravam doenças respiratórias. E não tem nada pior do que levar alguém no carro com um mau cheiro persistente no interior, não é mesmo?
Se você utiliza produtos que perfumam o ar do carro, como sachês e aromatizadores, também é preciso tomar cuidado para que eles não mascarem problemas que podem ser identificados pelo odor.
Acompanhe o desempenho
É preciso ficar alerta quanto a cheiros estranhos e procurar identificá-los. Se eles forem acompanhados de uma redução de desempenho do ar-condicionado, é um sinal de que é preciso higienizar ou trocar o sistema.
Por exemplo, se você está acostumado a usar o ar-condicionado na intensidade 1 e sente a necessidade de colocá-lo no 2 para ter o mesmo resfriamento, significa que houve queda de desempenho.
Funcionamento irregular do equipamento também é outro ponto de atenção. Se em um dia ameno o ar-condicionado funciona bem e, em outro mais quente, ele não gela como deveria, é importante levar a uma oficina especializada para checar qual é o problema.
Tenha atenção aos barulhos
Outro sinal de que o ar-condicionado do seu carro pode não estar funcionando como deveria é a ocorrência de algum barulho que não costumava acontecer. Caso você ligue o ar e escute um ruído contínuo ao fundo, isso pode ser um indicativo de que o compressor do equipamento não está funcionando corretamente.
Entre as causas mais prováveis estão o atrito da tubulação de gás com outros componentes, gás em excesso no compressor ou a falta de torque nele.
Apesar desses serem os problemas mais comuns, os barulhos podem ter origens diversas, então é essencial buscar ajuda especializada em vez de considerar o compressor o único causador do ruído.
Desconfie de problemas respiratórios constantes
Além do mau cheiro, os micro-organismos que habitam o filtro do ar-condicionado podem ocasionar vários problemas respiratórios, como alergias, rinite e asma. Por isso, para contar com o conforto do equipamento é essencial manter a higienização em dia para não colocar sua saúde, assim como a de todos os passageiros do veículo, em risco.
Então tenha atenção especial a sintomas como espirros constantes, dificuldades para respirar e nariz coçando e/ou escorrendo, principalmente quando o ar-condicionado do carro está ligado.
Para evitar problemas, invista na limpeza do ar-condicionado — afinal, a higienização provavelmente vai sair mais barata do que o gasto com remédios e hospitais.
Use o ar-condicionado nos dias frios
Se engana quem pensa que o ar-condicionado automotivo não pode ser usado também nos dias frios. Mais do que isso, durante o inverno, muitos motoristas acabam esquecendo de ligar o ar-condicionado e essa prática prejudica a sua durabilidade. Vale lembrar que, nessa época, a opção de ar quente faz muita diferença e deve ser acionada.
Não importa quantos graus está marcando fora do veículo, Todo esse sistema que citamos acima precisa de lubrificação. E isso deve acontecer de maneira constante. O grande segredo é que, em dias mais frios, você pode se programar para o uso do ar em duas ou três vezes por mês. O tempo estimado deve ser entre três e cinco minutos.
Mantenha a higienização do ar-condicionado em dia
Fazer a manutenção periódica do ar-condicionado automotivo é fundamental para manter o sistema funcionando corretamente. No entanto, há algumas ações que você pode fazer por conta própria para cuidar ainda melhor do seu carro. Entre elas:
- secar os dutos de ar, ligando o ar quente e deixando o equipamento funcionando na velocidade máxima por um minuto — dessa forma, você dá adeus à umidade e, consequentemente, ao odor desagradável que ela causa;
- abrir as saídas de ar do painel com as janelas do carro totalmente fechadas;
- usar um produto bactericida com o ar-condicionado ligado para se certificar de que nenhum micro-organismo ainda circula pelo sistema.
Manutenções preventivas
Pequenos cuidados como esses são essenciais para manter o carro seguro, em perfeito estado e sempre valorizado. Isso significa que, caso você opte pela venda do veículo no futuro, conseguirá obter um ótimo preço por ele.
Outro ponto importante é que fazer um grande conserto pode desestabilizar suas finanças, enquanto as manutenções preventivas, em geral, são feitas de acordo com a quilometragem ou com o tempo de uso do automóvel. Por isso, podem ser planejadas e encaixadas no seu orçamento.
Dessa forma, não deixe de investir na manutenção periódica do sistema de ar-condicionado veicular. Para não ficar descapitalizado, já faça uma previsão de quando essa revisão deve ser feita e busque ter uma ideia de quanto ela vai custar para já considerar a atividade no planejamento financeiro.
Composição do ar-condicionado automotivo
Uma parte importante que muitas pessoas acabam deixando de lado é que conhecer a composição do ar-condicionado do carro. Isso faz muita diferença porque ao saber como as peças funcionam, fica muito mais simples perceber problemas no estágio inicial antes que a situação peça uma substituição completa.
Vamos lá! O ar-condicionado automotivo apresenta seis funções que são fundamentais. São elas: o aquecimento, o arrefecimento, a umidificação, a filtragem, a ventilação e a renovação. De maneira geral, todas elas funcionam como uma forma de regular a temperatura interior do veículo, a umidade, a limpeza e o movimento do veículo.
Esse sistema é composto por alguns itens para que seu funcionamento aconteça conforme o esperado. Veja a seguir em detalhes!
O compressor é o principal componente do ar-condicionado automotivo. A peça é responsável pela coleta do fluido refrigerante em forma de gás com baixa temperatura. A partir disso, esse gás é liberado de forma pressurizada e aquecida. Já o condensador funciona como uma espécie de mini radiador que esfria o ar quente comprimido.
O evaporador tem uma função contrária a do condensador. O fluido refrigerante é recebido no formato de gás com baixa temperatura. Ele absorve o calor externo do carro e faz a liberação do ar resfriado em direção à cabine. A válvula de expansão controla o fluxo de gás distribuído ao evaporador com foco em manter uma temperatura fria que não seja congelante.
E, por último, existe o filtro secador que retém as partículas, os ácidos e todas as outras substâncias relacionadas ao controle da umidade para impedir que algum líquido escape para o compressor. Pesquise quais são os principais sinais que demonstram que esses componentes não funcionam de maneira adequada para ir além do básico na hora de identificar as falhas.
Conhecer o veículo e seu sistema de funcionamento em detalhes é um divisor de águas não só para garantir uma boa economia, como também para manter a segurança em dia. Sem contar que problemas no ar-condicionado representam um grande sufoco quando a temperatura do clima está mais alta e é preciso passar muitas horas ao volante.
Pronto! Ficou claro como a manutenção do ar-condicionado automotivo deve ser usada para preservá-lo ao máximo. Diante disso, o mais importante é que, ao identificar qualquer falha, um mecânico de confiança seja consultado para impedir que a situação se agrave e substituições precisem ser realizadas. Conforme os cuidados no dia a dia avançam, se torna mais fácil compreender os sinais do carro e usá-lo da melhor maneira.
Fonte: https://blog.racon.com.br/como-fazer-uma-boa-manutencao-do-ar-condicionado-automotivo/