São quatro os tipos mais convencionais de pneus: os tradicionais (ou on-road), os off-road, os mistos e os radiais. Provavelmente você já viu todos eles rodando por aí. O que poucos sabem é que as diferenças físicas entre eles podem interferir na frenagem do veículo. Entenda a importância de fazer uma boa escolha de pneus.
Em primeiro lugar, é preciso conhecer as propriedades de cada tipo de pneu. Os off-road, por exemplo, possuem sulcos mais largos, bandagem de rodagem maior e uma estrutura mais resistente. Eles são ideais para terrenos alagados, com lama e ou cascalho, pois garantem maior tração.
Os pneus convencionais, por sua vez, são projetados para rodar nas ruas. Seus sulcos são menos profundos para que uma parte maior do equipamento esteja em contato com o solo.
Os mistos são o coringa na escolha de pneus. Indicados para estradas de terra e asfalto, eles conseguem absorver mais o impacto do solo, mas não encaram com tanta tranquilidade pedras e lama. Como o próprio nome diz, eles têm sulcos com profundidade entre os pneus convencionais e os off-road.
Por fim, os pneus radiais são aqueles com tecnologia voltada para quem vai rodar em alta velocidade. Com a configuração dos sulcos diferente das demais, eles são projetados para entregar melhor desempenho em curvas e frenagens.
Considerando as especificidades acima, o consumidor deve analisar, para realizar a escolha de pneus que não comprometam a sua segurança, quais são as demandas do seu carro – o que pede o manual – e o tipo de uso do veículo – anda na terra? Ou só será utilizado no asfalto?
“Um pneu misto em um veículo urbano, por exemplo, gera maior ruído – prejudicando o conforto do motorista – e reduz a velocidade de resposta de direção, além de aumentar significativamente o consumo de combustível e as distâncias de frenagem”, explica Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental Pneus.
Da mesma forma, o uso de pneus on-road em veículos fora de estrada (off-road) traz a desvantagem óbvia de reduzir o poder de tração e propicia um risco pouco lembrado: um eventual aumento na aderência lateral que poderá até ocasionar uma tendência ao capotamento.
Outra questão importante quando o assunto é escolha de pneus, afirma Rafael Astolfi, é a alteração nas dimensões dos mesmos, que pode acarretar comportamentos difíceis de serem previstos em razão do grande número de variáveis envolvidas.
“Aumentos de diâmetro, por exemplo, podem demandar um maior torque do motor, causar sobrecarga nos freios, além de alterar a dinâmica do veículo”, alertou.
De acordo com o especialista, é fundamental respeitar a medida, os índices de carga e o símbolo de velocidade do pneu, optando sempre por modelos com índices iguais ou superiores aos originais, pois uma escolha inadequada pode aumentar em muito o risco de acidentes.
Escolha de pneus e consumo
O atrito dos pneus no solo altera o consumo dos veículos. A lógica é a mesma utilizada pelo Boris para explicar a questão da calibragem: quanto maior o atrito a ser vencido pelo motor, maior é consumo de combustível. Por outro lado, quanto menor o atrito, menor a estabilidade do veículo.
A indicação mais correta para a escolha de pneus é, então, respeitar os limites descritos no manual do seu veículo.
Fonte: Escolha de pneus pode interferir em segurança e consumo (uol.com.br)