Muito se fala nos riscos das linhas de pipa para os motociclistas. Mas quem anda de carro também precisa ficar esperto com esse perigo que, para piorar, é quase invisível – e inevitável.
Quem primeiro viu o dano no C4 Cactus foi o editor Péricles Malheiros.
“De início estranhei o fato de só conseguir ver no lado esquerdo do capô o que achava ser um vinco. Foi aí que cheguei perto, lembrei que o capô do Cactus não tem vincos e notei o risco”, conta.
O susto maior veio ao descobrir que o dano não ficou restrito à tampa frontal. “Fui seguindo o rastro do risco e vi que a linha danificou toda a parte frontal do para-choque, um friso cromado da grade, o capô e o para-lama esquerdo”, diz Péricles.
Muitos anos atrás, o editor de Longa Duração viveu uma situação parecida com seu carro particular. “Numa avenida, uma linha atingiu o retrovisor esquerdo. Não dei bola, pois achei que havia apenas enroscado”, relembra.
“Quando parei o carro, com calma, notei que a linha havia cortado a capa. Ao procurar uma empresa para fazer o reparo, o técnico disse que esse tipo de ocorrência é bastante comum”, continua.
Pior: à época, o técnico disse ter ouvido diversos relatos de motoristas que sofreram cortes nas mãos quando, por reflexo, tentaram remover a linha do retrovisor. Uma busca na internet revela muitas imagens, relatos e vídeos com ocorrências parecidas.
O mês também revelou alguns problemas. Um ruído na traseira, notado desde que o carro foi retirado, está mais intenso.
No quadro de instrumentos, uma pequena bolha na base dos numerais do velocímetro digital surgiu repentinamente e também parece se agravar com o passar dos dias. Pediremos uma verificação de ambos os problemas na primeira revisão, aos 10.000 km.
Fonte: Quatro Rodas