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CONHEÇA OS DIFERENTES TIPOS DE PNEUS E APRENDA A ESCOLHER O MELHOR PARA SEU CARRO

Disponível em vários tipos, o item também exige cuidados especiais. Saiba como aumentar sua vida útil e reconhecer o momento da substituição

O pneu é considerado um item de segurança do veículo. Qualquer descuido pode trazer riscos, defeitos mecânicos e até multas. Por isso, os cuidados devem começar já na leitura do manual do proprietário. “É na indicação do fabricante que constam a pressão correta, o controle periódico do alinhamento e do balanceamento e os tipos mais adequados”, explica o presidente-executivo da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, a ANIP, Alberto Mayer.

Os tipos a que Mayer se refere são os de uso on-road (predominante em asfalto), off-road (de utilização em estradas de terra e lama) e misto (ideal para os dois solos). As diferenças começam já na parte visual. “Os pneus off contam com uma banda de rodagem mais espaçada, sulcos mais largos e carcaça reforçada. Já os do tipo on possuem sulcos menores que aumentam a área de contato com o solo”, diz o gerente de Marketing, Produto e Motor Sports da Pirelli, Fábio Magliano.

Os pneus ainda contam com uma categoria “ecologicamente correta”. Os chamados pneus verdes são fabricados de maneira diferente e com outros tipos de materiais que os deixam mais leves, menos ruidosos e com menor resistência ao rolamento, o que possibilita a redução no consumo de combustível. Geralmente são de uso-misto.

Pneu misto em terra (Foto: Divulgação)

Precauções

Os especialistas consultados explicam que essa divisão do produto por configurações não é uma mera formalidade. Equipar veículos que andam exclusivamente na cidade com pneus fora de estrada e vice versa pode comprometer a segurança dos ocupantes e a durabilidade do produto.

“Um produto voltado para uso off-road equipando um utilitário-esportivo que só trafega no asfalto, por exemplo, pode ter desgaste irregular, causar um ruído desconfortável na cabine e até passar por aquecimento acima da média por resistir a cortes”, afirma o gerente geral de engenharia de vendas da Bridgestone, José Carlos Quadrelli. O cenário oposto também causa danos. “O pneu de uso on ou misto em uma trilha de terra severa pode ter os pedaços da banda de rodagem arrancados e desestabilizar o veículo”, alerta o engenheiro de campo de pneus de passeio da Michelin, Flávio Santana.

Magliano também cita que até alguns utilitários-esportivos equipados com propulsores mais potentes exigem uma checagem minuciosa do item. “São veículos que possuem um tempo de resposta e um espaço de frenagem diferenciados. O ideal é que se utilize o do tipo misto e que, após uma trilha, volte à calibragem indicada no manual”.

Volkswagen Fox 1.0 BlueMotion 2014 (Foto: Divulgação)

Manutenção

Olhar apenas se o pneu está “careca” deve ser apenas o primeiro de uma série de cuidados a serem tomados periodicamente. É preciso voltar ao manual do proprietário e verificar o nível de pressão e a quilometragem exata para se realizar o alinhamento, o balanceamento e a calibragem.

“É ideal que o proprietário tenha esse número referente à calibragem sempre na memória. E que ela seja feita a cada quinze dias, com o carro ainda frio”, indica o gerente de marketing de automóveis da Goodyear, Vinícius Sá.

Mayer lembra que os pneus vêm com ressaltos na base dos sulcos para indicar o limite de segurança sem a necessidade de um medidor. “O desgaste máximo, chamado TWI, é de 1.6 mm de profundidade dos sulcos. Abaixo dessa medida, o pneu já passa a ser considerado ‘careca’”.

O modo de dirigir também influencia na durabilidade. Os profissionais recomendam evitar tanto aceleradas quanto freadas bruscas. Por fim, é preciso ficar atento aos sinais “físicos” que o veículo emite quando chega a hora de substituir o item. “O pneu perde a aderência aos poucos, o volante emite mais vibrações e o consumo de combustível aumenta gradativamente”, ressalta Santana.

Suzuki Jimny 4Sport 2015 (Foto: Divulgação)

Na prática

Além da estética, as configurações de pneus, inclusive os verdes, possuem diferenças que são perceptíveis somente durante a rodagem. A convite da Pirelli, Autoesporte testou os tipos verde, misto e off-road.

O veículo equipado de forma alternada com os pneus verdes e mistos era uma picape de grande porte e uso predominante no asfalto. De maneira geral, eles são praticamente iguais, mas justamente por propor menor resistência ao rolamento, o tipo verde deixa a condução muito mais leve e o carro um pouco mais solto. Dependendo da potência do veículo em questão, será preciso colocar um pouquinho mais o pé no pedal do freio.

Já o produto para uso fora de estrada foi utilizado em um pequeno utilitário-esportivo voltado a trilhas. O percurso proposto tinha ladeiras íngremes, pedras, terra, lama e água. Em união com a boa tração do veículo e apenas a primeira marcha engatada, o pneu foi peça fundamental para manter a estabilidade da carroceria, já que ele reúne as funções de tração, escavação e auto limpeza que expulsa a sujeira acumulada entre os sulcos para que o veículo “grude” ao solo.

Fonte: revistaautoesporte.globo

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